Colosso de Rodes
O Colosso de Rodes era uma das Sete Maravilhas do mundo antigo. Uma estátua colossal do deus do Sol Hélio (Mercúrio dos romanos) feita pelo escultor grego Cares de Lindos, uma outra cidade da Ilha de Rodes, e instalada na entrada do porto de Mandrake, na cidade de Rodes.
Essa obra colossal foi erguida para comemorar o fim do longo e fracassado cerco de Rodes por Demétrio Poliórcetes da Macedônia, iniciado em 305 aC.
Diz-se que a estátua tinha cerca de 32 m de altura (70 côvados), feita de bronze e reforçada com ferro. Levou 12 anos para ser construída (cerca de 294 a 282 aC).
Um terremoto ocorrido em 226 aC derrubou a estátua colossal. Das Sete Maravilhas foi a que durou menos. Os habitantes de Rodes decidiram não reconstruí-la, pois o Oráculo de Delfos sugeriu que sua destruição significaria a ira de Hélio justamente por tê-la construído. Os destroços foram deixados no local. O historiador romano Plínio, o Velho, que viveu no primeiro século da Era Cristã, declarou que, de tão grande, não era possível abraçar um polegar do Colosso.
Em 654, os árabes, após conquistarem a Ilha, quebraram o Colosso em pedaços para vender o metal para um mercador, que teria carregado 900 camelos com os pedaços.
O Colosso era provavelmente um farol, embora nem todas as ilustrações assim o representem. Evidências disso, é que era um monumento ao Deus do Sol e foi instalado na entrada do Porto, por volta da mesma época do Farol de Alexandria.
A história de Rodes, no século 4 aC, teve relação direta com Halicarnasso e Alexandria, cidades que abrigaram outras duas maravilhas do mundo antigo: Mausoléu de Halicarnasso e Farol de Alexandria. Em 357 aC, Rodes foi conquistada por Mausolo de Halicarnasso, uma antiga cidade na costa turca do Mar Egeu. Em 340 aC, a Ilha foi conquistada pelos persas e, em 332 aC, conquistada por Alexandre da Macedônia. Em 305, Rodes era aliada de Ptolemeu do Egito, que fora um dos generais de Alexandre. Em 305 aC, Antígono da Macedônia enviou Demétrio que organizou o cerco da Ilha. No ano seguinte, Ptolemeu socorreu Rodes com seus navios de apoio e Demétrio abandou o cerco. A construção do Colosso por essa vitória teria usado o bronze das armas dos derrotados. Por essa vitória, Ptolemeu passou a ser venerado como Sóter ("Salvador").
Em 2015, um grupo de jovens profissionais tentou vender a ideia de construir um novo colosso no local, ainda maior, com 150 metros de altura, abrigando um museu e espaços culturais. Ao que parece, essa ideia megalomaníaca não sobreviveu à crise financeira da Grécia, na época.
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Representação artística do Colosso de Rodes, de autor não identificado, buscando respeitar a tradicional elegância das esculturas gregas da Antiguidade.
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Embaixo, tapeçaria do século 17 na histórica Galeria Gobelins, em Paris, representando o Colosso de Rodes. Não se sabe, ao certo, como era o Colosso. São conhecidas várias representações, desde a Idade Média. Há dúvida se seus pés tocavam partes opostas na entrada do Porto, pois teria que ser bem mais estreito do que é hoje. A Enciclopédia Britânica afirma que tal seria tecnicamente impossível, mas a Cidade era murada na Idade Média e poderia ter pilares na entrada, como mostram algumas ilustrações daquela época. O verdadeiro Colosso teria a elegância da escultura clássica grega, muito longe do estilo barroco adotado em algumas ilustrações antigas.
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Colosso de Rodes
Por Jonildo Bacelar