História das Olimpíadas
Os Jogos Olímpicos antigos, as Olimpíadas, eram realizados em Olímpia, na Grécia, a cada quatro anos, como parte de um festival religioso, em homenagem a Zeus, o rei dos deuses gregos. Os antigos gregos atribuíam aos deuses a realização do primeiros Jogos. Além das Olimpíadas, jogos esportivos também eram realizados em outras cidades, como Delfos, Roma e Alexandria.
A primeira competição esportiva registrada foi uma corrida, em 776 aC, na cidade de Olímpia. A prova, chamada de "stadium", tinha cerca de 200 metros e o vencedor foi Coroebus. Acredita-se, entretanto, que as competições esportivas na Grécia são bem mais antigas.
Durante as competições, era declarada uma trégua das hostilidades entre as cidades gregas para a realização dos Jogos. Todos os cidadãos gregos (homens livres) podiam participar. Competidores também vinham de outras partes, como da Anatólia (na atual Turquia).
Em 380 da Era Cristã, imperador romano Teodósio tornou o Cristianismo uma religião oficial do Império. Por volta do ano 400, Teodósio proibiu todos os "jogos pagãos". Foi o fim dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, que duraram quase 12 séculos.
Os Jogos Olímpicos modernos tiveram início em Atenas, em 1896. A Cidade voltou a sediar os Jogos, em 2004. A Cidade de Olímpia abriga, hoje, um museu arqueológico. Existem vestígios de antigas instalações onde eram realizadas as competições, como o hipódromo e o estádio.
Como na Antiguidade, os Jogos Olímpicos modernos são realizados a cada quatro anos, mas, quase sempre, em diferentes países e sob a orientação do Comitê Olímpico Internacional, com sede em Lausanne, Suíça.
O primeiro brasileiro a ganhar uma medalha de ouro olímpica foi Guilherme Paraense, em uma prova de tiro, nos Jogos de 1920, na Antuérpia. Foi também a primeira vez que o Brasil participou das Olimpíadas. A equipe brasileira tinha 25 atletas.
Até os anos 1970, os atletas olímpicos eram obrigados a aderir ao código estrito do amadorismo.
Desde 1924, realiza-se também uma versão para os esportes de inverno. A partir de 1992, os jogos de verão e os de inverno passaram a ter uma defasagem de dois anos. Naquele ano os Jogos foram realizados em Barcelona e foram seguidos, pela primeira vez, pelos Jogos Paraolímpicos, que eram realizados separadamente, desde 1960.
Em 1936, foi realizado, pela primeira vez nos Jogos Modernos, o revezamento da tocha olímpica para o Jogos de Berlim. A tocha foi acesa em Olímpia, na Grécia, e percorreu 3.422 km pelas mãos de mais de três mil atletas, por oito dias.
Após as Olimpíadas de Berlim, os Jogos foram suspensos devido aos conflitos da Segunda Guerra Mundial, retornando em 1948, com os Jogos de Inverno em Saint Moritz, Suíça.
Em 2010, foram realizados, pela primeira vez, os Jogos Olímpicos da Juventude, em Singapura. Esses também possuem versões de verão e de inverno. Em 2012, as Olimpíadas foram realizadas em Londres.
Em 2016, as Olimpíadas foram realizadas no Rio de Janeiro, com grande sucesso. Participaram mais de dez mil atletas, representando cerca de 206 países. Os Jogos de Tokyo, que seriam em 2020, foram realizados em 2021, devido à pandemia de coronavirus. Em 2022, os Jogos de Inverno serão em Beijing e, em 2024, os Jogos de Verão serão em Paris.
Corredores olímpicos representados em um antigo vaso grego (cerca de 525 aC).
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Nas Olimpíadas, medalhas, de qualquer cor, são vitórias. O bronze representa a consagração de todo o esforço do atleta no esporte. O ouro é uma dádiva e depende dos caprichos dos deuses do Olimpo.
Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 1896, no Estádio Panathinaiko, em Atenas.
O tenente-coronel Guilherme Paraense (1884-1968). Nascido em Belém, tornou-se o primeiro medalhista de ouro do Brasil, na Antuérpia (1920), Bélgica. Ele venceu a prova do revólver a 30 metros sobre silhueta humanoide em pé. O Brasil ganhou três medalhas na Antuérpia, todas em tiro. Paraense também ganhou uma medalha de bronze em tiro por equipe.
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