História da Hungria
Na Antiguidade, a parte ocidental do atual território da Hungria integrava a província romana de Panônia, que era limitada, a leste, pelo Rio Danúbio. Nessa época, os romanos estabeleceram uma sede administrativa em Aquincum, que viria a se tornar Budapeste.
Após a Queda do Império Romano, a Hungria foi ocupada por tribos eslavas e germânicas. No século 9, tribos magiares, vindas da região dos Montes Urais, estabeleceram-se nas planícies do Rio Danúbio, em áreas do atual território da Hungria. Os gregos os chamavam de "ungri" (forma latinizada). Os húngaros chamam o seu País de Magyarország ou terra dos magiares.
Em 997, Estêvão subiu ao trono do Reino da Hungria e foi coroado, no ano 1000, pelo Papa Silvestre II, em Esztergom. A Hungria tornou-se, assim, um reino cristão, sob influência do Sacro Império Romano. Estêvão morreu, em 1038, e foi canonizado, em 1083.
Em 1241, a Hungria foi invadida pelos mongóis. Causaram grande devastação, mas foram expulsos no ano seguinte. No século 14, começou um período de prosperidade para o Reino da Hungria, que passou a ter grande influência sobre os reinos vizinhos. Mas, nessa época, os turcos começaram a avançar sobre a Europa Oriental.
Em 1526, parte do País foi ocupado pelos otomanos. Em 1541, parte da Hungria foi governada por um paxá, em Buda, na atual Budapeste, subordinada ao Império Turco. Em, 1699, após anos de guerra, os turcos deixaram a Hungria pelo Tratado de Karlowitz. Mas a Hungria, entretanto, ficou subordinada ao monarca da Áustria.
No século 19, após as Guerras Napoleônicas, os húngaros passaram a lutar por autonomia. Em fevereiro de 1867, um acordo constitucional criou o Império Austro-Húngaro, unindo diferentes etnias. A integridade territorial da Hungria foi restabelecida. A Áustra-Hungria tornou-se um poderoso império.
Em 28 de junho de 1914, o Príncipe Herdeiro da Áustria-Hungria, Francisco Fernando, foi assassinado, em Sarajevo, dando início à Primeira Guerra Mundial. Em 1918, a Áustria-Hungria saiu derrotada e o Império foi desmantelado.
Em 1920, foi assinado o Tratado de Trianon entre a Hungria e os vencedores da Guerra. A Hungria perdeu dois terços de seu território, incluindo a Transilvânia, a Eslováquia, a Eslavônia e a Croácia.
Os anos seguintes foram muito difíceis para a Hungria, politicamente e economicamente. No final dos anos 1930, a Hungria aproximou-se da Alemanha Nazista e o País foi ocupado pelos alemães, durante a Segunda Guerra Mundial. Novamente derrotada, a Hungria caiu sob o domínio comunista dos soviéticos, em dezembro de 1944. Em novembro de 1945, após eleições, foi proclamada a República da Hungria. Em 1949, foi promulgada uma constituição ao estilo soviético.
Em 1956, uma revolta liberal e o anúncio de retirada da Hungria do Pacto de Varsóvia foram recebidos com uma intervenção militar de Moscou.
Em 1990, a Hungria realizou suas primeiras eleições multipartidárias e iniciou uma economia de mercado.
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Monumento a Santo Estêvão, em Budapeste, considerado o primeiro Rei da Hungria. Escultura do artista húngaro Alajos Stróbl, 1906.
Ruínas romanas de Aquincum (foto Museu de Aquincum).
A histórica cidade de Pécs, com a Mesquita Paxá Gazi Kasim, ao fundo. Uma lembrança da ocupação dos otomanos, no século 16. Foi convertida em igreja católica, no século 18.
Tanques soviéticos invadem Budapeste, em 1956, para estancar uma revolta liberal (foto: Fortepan.hu/Adományozó).
Ilustração de Budapeste (Buda), no século 15 (fonte: Crônicas de Nuremberg, 1493).
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História da Hungria
Por Jonildo Bacelar
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Fonte: mtu.gov.hu